Inventário - Herdeiros Desconhecidos

Olá colegas, gostaria da ajuda dos Senhores em uma situação concreta:

A mãe e o pai faleceram, ela há 1 ano e ele há 4 anos, deixando dois filhos do casamento, um destes é meu cliente, no entanto, encontra-se preso e quem está cuidando dos seus interesses é sua esposa.
Obs: os dois filhos são maiores e capazes.

O "de cujus" deixou ainda 4 filhos de uma relação extraconjugal que teve, contudo, esses 4 filhos já são falecidos, mas eram casados e todos deixaram filhos.

Contudo, esses filhos desses 4 herdeiros são desconhecidos, pois a minha cliente não tem notícia de todos e nem sabe ao certo onde eles estão morando. Ela acredita que estes são maiores e capazes.

A mãe e o pai falecidos deixaram um terreno com 3 casas, onde atualmente reside o irmão do meu cliente, ora filho dos "de cujus".

Dessa forma, a esposa, que representa os interesses do meu cliente deseja proceder com o inventário e fazer a correta divisão. No entanto, não tem informações desses netos, ora herdeiros do "de cujus", como já mencionado.

Nesse caso, como eu deveria proceder para localizar todos os herdeiros ?

Qual seria a espécie de inventário mais indicada ? O judicial ?


Grata.

Bom dia Dra.
Nessas condições entendo que o inventario deveria ser obrigatoriamente judicial.
Até para que, por edital, qualquer pessoa, de qualificação ignorada, com algum interesse na questão, pudesse ser devidamente intimada a ser manifestar.
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Daí, melhor aguardar...

Prezada colega, bom dia.

Na verdade por não haver menores e/ou incapazes, poderia ser efetuado o inventário extrajudicial. Neste caso compareceriam apenas os herdeiros conhecidos.
Entretanto, caso um dos herdeiros venha a aparecer no futuro, haverá problemas.
Por tudo isto, como bem disse o Dr. Gonçalo, o processo judicial vem evitar problemas no futuro uma vez feita a citação por edital.

Boa sorte.

Como bem disseram os doutores, é necessário o inventário judicial, solicitar ao juiz expedição de ofícios para localização dos herdeiros e por fim a citação por edital.
É um processo que poderá demorar anos. Para ter idéia, tenho um desses que já perdura uns 5 anos e ainda tá na fase da nomeação de curador.

Boa tarde Dra.
Uma outra possibilidade - dependendo do tamanho do imóvel e se estiver registrado no CRI em nome de outras pessoas, que não o casal falecido - a ação usucapião constitucional poderia ser uma solução.

Entendo, obrigada pelos esclarecimentos doutores.