Convívio entre pai e filha

Olá, estou preocupado com uma situação em minha vida.
Tenho uma filha que não é acostumada comigo, pois a mãe havia se mudado após o primeiro ano dela e não me avisou da mudança. Ela retornou só agora, passados 5 anos exigindo que eu arque com parte das custas da criança. Hoje a criança tem 6 anos. Eu já fui vê-la, já brincamos, conversamos, etc... Enquanto ela fica sozinha comigo na casa da mãe ela se solta bem, mas é só chegar alguém da família pra ele mudar um pouco o comportamento. Eu queria sair com ela, passear, ir ao cinema, etc.... Mas ela diz que só vai se a mãe vier junto, mas não há clima pra isso, e a mãe não tem boa vontade pra isso. O que posso fazer? Se eu pedir a regularização de pensão e visitas, vou poder levar a filha comigo? A criança de 6 anos já tem discernimento pra não querer vir? O que faço?

Bom, fico no aguardo de respostas, obrigado por enquanto.

Alimentos e visitação são assuntos distintos. A falta de pagamento de pensão não é argumento para a mãe impedir as visitas, bem como o impedimento das visitas pela mãe não é argumento para o pai parar de pagar a pensão.

Se você quer uma regularização das visitas pela via judicial, é muito fácil: basta entrar com uma Ação de Visitação, inclusive pedindo a tutela antecipada, para que o juiz conceda desde já as visitas, sem que você precise esperar a sentença.

Quanto à má vontade da mãe, essa é uma realidade constante nas Varas de Família. Muitas genitoras costumam criar os mais diversos embaraços quanto à visitação do pai, forçando os filhos a rejeitá-lo. E os juízes não costumam tomar atitudes muito contundentes contra essas mulheres rancorosas e egoístas. Mas encare tudo isso como algo "normal" e não desista de seu filho por tais motivos. Com o tempo (ainda que venha a demorar muito), seu filho acabará percebendo que você realmente gosta dele e que se esforçou para tê-lo sempre a seu lado. Afinal, as crianças não serão crianças para sempre...

Também não se preocupe com a questão do discernimento da criança. Ela é muito pequena para ter vontade própria. Se, após definida a visitação, seu filho espernear na pega, também não desanime. Isso é mais comum de acontecer do que se imagina. A criança às vezes reluta em seguir com o pai (na maioria dos casos por influência da mãe), mas basta ambos dobrarem a esquina ou chegarem em casa para que tudo se normalize. De qualquer forma, se isso começar a acontecer, leve sempre alguém ponderado com você por ocasião das pegas. E o mais importante: não entre no jogo, não se irrite. E comunique sempre tudo ao juízo.

Quaisquer outras dúvidas, pergunte. Terei o maior prazer em responder.
Abraços.

Obrigado pelos esclarecimentos.